quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fim de Ano! Época de apresentação!

Antes de uma apresentação, não importa se é de teatro, dança ou música, muitos ficam nervosos, outros aproveitam para se alongar, lembrar a coreografia, rezar ou até mesmo espiar a platéia.

 Então é anunciado que a apresentação irá começar.  A  barriga gela, você sente uma vontade de ir ao banheiro, mas não vai dar tempo de ir, então você pisa no palco e começa a apresentação -  o frio da barriga some, a vontade de ir ao banheiro some e você se apresenta, sem se importar se vai errar ou acertar a coreografia ou a cena.
De repente  você erra algum passo, mas segue a diante como se nada tivesse acontecido. Então, ergue a cabeça e continua.

Quando tudo se  acaba,  você cumprimenta o público sem perder a postura, mas no camarim começa a se lamentar por ter errado e espera poder concertar o erro no dia seguinte, porém assim como você pode errar no primeiro dia,  você pode acertar no primeiro dia e errar no segundo. O importante é manter a confiança e mesmo tendo errado,  continuar de cabeça erguida, fingindo que tudo fazia parte da apresentação.

Seja natural, assim é que se faz!
Helô Guimarães


O aquecimento antes das aulas de dança

Muitos bailarinos têm dúvidas sobre como preparar o corpo para uma aula da dança, alguns só alongam, esquecendo do aquecimento.
Mas o que é o aquecimento?
Qualquer atividade que aumente a freqüência cardíaca, resultando na melhora da oxigenação e do fluxo sanguíneo em toda musculatura, preparando o corpo para uma atividade específica, diminuindo, assim os riscos de lesões.
É isso mesmo que você está pensando bailarino, aquela corridinha da Educação Física com vários elementos (elevação de joelhos, elevação de calcanhares, saltar, etc), ou até mesmo com jogos e brincadeiras como pega-pega, corrente, quebra gelo, queimada, dentre outras. Desta forma, conseguiremos aumentar nosso batimento cardíaco e preparar nosso corpo para a aula, com os alongamentos e exercícios propostos pelo professor de dança.
Gente… Vale lembrar que quando for aquecer com jogos e brincadeiras devemos deixar de lado o espírito competitivo para não se machucar ok!! rsrsrsrs . O importante é brincar e se divertir, proporcionando o devido aquecimento e inclusive a integração social da turma. E você, como faz para se aquecer antes das aulas?

Charles Chaplin
Preparador Físico CREF/SC 11.587

Fonte: Escola Bolshoi

Dança do Ventre



O que parece, a princípio, uma dança apelativamente sensual e de origem machista, onde mulheres dançavam pelo prazer e entretenimento dos seus “donos”, é na verdade, uma genuína manifestação feminista.
No princípio, lá pelos meados de 6.000 a.C., as primeiras bailarinas arriscavam os passinhos da dança, em rituais de fertilidade, cultuando a Grande Mãe. Depois, no Egito ela virou a “Raqs Sharqi” que seria “dança do Leste”, onde as grandes sacerdotisas dançavam em rituais de adoração àdeusa Isis (minha favorita), também conhecida como Rainha ou Mãe do Egito.
A verdade é que somente as consideradas cultas demais para época, as sacerdotisas, poetisas, musicistas e afins que dançavam a Raqs Sharqi. Era uma manifestação da importância, graça e força da mulher. A ideia de submissão, ligação à prostituição surgiu bem depois, foi um deturpação da ideia original. Quando Napoleão invadiu o Egito ele decapitou mais de 400 bailarinas, por considerar a dança muito impura, com denotações sexuais. Mas isso é outra história…
É chamada de dança do ventre, ou dança de barriga, por ter movimentos que massageam e fortalecem essa região.
Além de belíssima, a dança do ventre pode proporcionar muitos benefícios à mulher que a pratica.Alguns deles estão aí:
* Uma aula de Dança do ventre pode queimar de 300 a 500 calorias (dependendo dos movimentos), auxiliando na perda de peso.
* Enrijece a musculatura do abdômen, pernas, braços, costas e glúteos.
* Aumenta e ativa a circulação sanguínea, flexibilidade e resistência física.
* Trabalha as articulações, auxilia na reeducação postural.
* Desenvolve coordenação motora e equilíbrio.
* Desenvolve a auto-estima: a mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas;
* Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade;
* Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos.
* Estimula a criatividade;
* A timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, inibindo-a gradativamente, possibilitando melhoria nos relacionamentos;
* Evita o stress do dia-a-dia através do contato de grupo e dos exercícios que estimulam a liberação de adrenalina e endorfina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar.
* Alivia cólicas menstruais (promove maior irrigação sanguínea em toda região pélvica e diminui os efeitos da TPM)Sim meninas, isso é verdade!
* Equilibra Hormônios (auxilia na regulação endócrina de hormônios sexuais secretados pelos ovários);
* Melhora a função sexual (controle sobre os esfíncteres, fortalecendo a musculatura do períneo e assoalho pélvico, prevenindo doenças como incontinência urinária)

Fonte: Malvadas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Irmão de Bailarina



Uma homenagem ao meu irmão, que vive me criticando, mas eu gosto muito dele.
Adora ir junto à academia... Mas é para ver as amigas dela.

Vai aos festivais e expressa suas emoções...

... To cansado!

                            ...To com fome

                                                        ...To com sono!

Gosta muito de fazer perguntas...

...Tá acabando?                                              ...Vamos embora?

                            ...Falta muito?       

Mas o que ele mais gosta é vê-la Dançar!!!!





      

Fonte: almofadas do DdeDança

domingo, 14 de novembro de 2010

Sapateado

Qual a origem do Tap Dance?



Tap Dance (sapateado) tem uma série de antepassados. É uma mistura do sapateado inglês, dança irlandesa e a dança africana com tambores, ritmos e movimentos. As danças africanas estão diretamente ligadas à natureza do sapateado com brincadeiras de danças rítmicas com batidas de tambor.
O sapateado também contém os movimentos populares realizados no estilo Swing e Lindy Hop, e a leveza tão comum da valsa e Foxtrot. Então, basicamente, é uma mistura de vários elementos.
A dança dos escravos foi adicionada ao início de vaudeville e esta é a forma como o tap dance se tornou conhecida. O sapateado foi visto pela primeira vez no “trovador show” seções de concursos de dança.
Os bailarinos pintavam seus rostos de preto e dançavam em volta dos negros imitando suas danças. Este tipo de desempenho era conhecido como “Black comedy”. O primeiro show Black comedy estreou com uma dança com o famoso bailarino Thomas Rice. Este desempenho foi diferente das anteriores por causa das solas que tinham placas metálicas na parte inferior do seu sapato.
Seus movimentos foram então imediatamente imitados por outros dançarinos, e se tornou um tipo de sapateado aceito na forma de comédia.
Três estilos de dança-sapateado surgiram neste momento no vaudeville. Havia o coro de meninas, o Charleston. O som era mais alto durante estas danças, mas a platéia gostava. Havia a buck-e-wing apresentando uma dança rápida no estilo holandês, com sapatos de holandês, e um estilo conhecido como o soft-show, ou um leve toque criado pela sola dura do couro do sapato ao andar.
Quando estes três estilos misturaram, o sapateado se tornou uma dança com uma batida regida pelo som, com um sapato de couro e metal nas solas.
E o sapateado começou a ser regido pelos bailarinos famosos como, John Bubbles e “Slap e Feliz” (Daniel e Leslie Howard Irvin).
Tap dance tornou-se mais e mais popular durante os anos 1900. Bailarinos como Gene Kelly, Fred Astaire, Eleanor Powell, Shirley Temple fizeram do sapateado uma peça essencial do sonho americano
Filmes, em especial, usado para personificar o sapateado. Famosos filmes que incluem sapateado são: “Brigadoon”, “Um Americano em Paris”, “Tudo o que é Jazz”, “The Band Wagon”, “Tostões do Céu”, “The Little Colonel”, “Swing Time” e “Viva por amor”.  A mistura de jazz com o sapateado tornou uma forma artística.
Os mais famosos passos de sapateados surgiram nessa época, e ainda hoje existem: o shuffle, ball change, padlle, side tap, flap, e cramp roll, e as variações para tornar mais complexas e com movimentos. Tap Dance também tem aparecido em várias produções da Broadway. “Black and Blue” e “The Cotton Club” são exemplos de integração bem sucedida do sapateado para o palco.
A História do Tap Dance.


O Tap Dancing é um produto tipicamente americano que se desenvolveu a partir da fusão cultural entre irlandeses e africanos na América do Norte.
A primeira manifestação dessa linguagem aconteceu em Lancashire, Inglaterra, que nesse momento vivia o início da Revolução Industrial. Nos pequenos centros urbanos, operários costumavam usar tamancos para isolar a intensa umidade que subia do solo e, como forma de diversão, reuniam-se nas ruas, tanto homens como mulheres, para uma entusiástica competição onde o vencedor seria aquele que conseguisse produzir os sons e ritmos mais variados com o bater das solas no chão de pedra.
Essa diversão tornou-se tão conhecida que passou a ser chamada popularmente por “lancashire Clog”.
Por volta de 1800, os tamancos foram substituídos por calçados com solado de couro por serem mais flexíveis, moedas foram adaptadas no salto e biqueira para que o “sapato musical” soasse mais puro. Com o tempo, as moedas foram trocadas por plaquinhas de metal: os “taps”.
O encontro entre irlandeses e africanos aconteceu na vinda dos negros, na condição de escravos, para trabalharem no Novo Continete. Em 1739 na Virgínia, um grupo de escravos planejara uma revolta enviando mensagens a outros grupos através do som dos tambores, porém a revolta fora abafada e os africanos proibidos de usarem seus instrumentos. As palmas e batidas dos pés no chão ocuparam o lugar dos tambores mais só contribuíam para os cerimoniais.
O que havia acontecido em pleno oceano, se repetia em terra firme. Colonizadores freqüentemente faziam com que os negros lhes divertissem as noites e, uma das formas era numa espécie de jogo, o “Cakewalk”, onde escravos desfilavam satirizando o minueto. Como prêmio, era oferecido um bolo aquele que melhor imitasse a dança.
Com a proliferação dos teatros populares americanos. Muitas companhias resolveram botar o pé na estrada. Passando por várias cidades americanas. Lá pelos anos de 1830, Thomas Darthmouth Rice, numa temporada de verão em Kentucky, apresentou-se com um número inédito baseado na minuciosa observação que teve de “Jim Crow”, um dos negros que trabalha para o teatro. Crow tinha um caminhar desengonçado tanto pela sua idade avançada como por uma forte rigidez muscular numa das pernas e nos ombros. Enquanto trabalhava, costumava cantar uma cançãozinha que no final era seguida por três pulinhos muito dificultosos.
Partindo deste fato, Rice pintou o rosto de preto, vestiu um macacão azul de carregador e cantando a mesma canção, que ficou conhecida por “jump, Jim Crow”, dançou improvisando saltos e giros totalmente fora do convencional, logo, o artista branco de cara preta começou a despontar em massa pelos Estados Unidos dando origem aos famosos “Shows de Menestréis”.
A primeira troca efetiva de talentos entre brancos e negros aconteceu em 1840 quando escravos recentemente livres e imigrantes irlandeses recém chegados se espalharam por vários pontos de Nova York e, frequentando os mesmos salões de baile e cervejarias, começaram a trocar passos de “Irish Jig” e dança africana.
Somente em 1843 é que surgiu o primeiro grupo, formado por 4 músicos e dançarinos, os “Menestréis da Virgínia” que faziam um números chamado de barulhento devido ao som do sapateado nos palcos de madeira, mais o banjo, a rabeca, a castanhola e o tamborim. Esses artistas deram origem a vários outros, mantendo assim o Show de Menestréis vivo por mais de 40 anos.
Como a imigração continuava sendo estimulada, muitas pessoas vieram fazer vida nas Américas e o elemento alemão também veio em peso, fugindo da revolução que assolava a Europa em 1848. obviamente suas formas de expressão passaram a influir nas criações americanas como a “Waltz Clog”, dança folclórica parecida com a valsa, contribuindo principalmente com a graciosidade de seus movimentos que foram incorporados ao tom expansivo do sapateado de até então.
A mulher só vai marcar presença nos palcos após a guerra civil, primeiramente por Kitty O’Neil, uma irlandesa muito talentosa que apaixonou o público com um sapateado macio, de influência germânica, além do que, o palco estava coberto de areia, produzido um som bem peculiar.
A ânsia pela novidade agitava a platéia já cansada de apresentações totalmente masculinas, começaram a surgir shows mais variados, mais coloridos e emocionantes: Nascia assim o “Vaudeville”.
Sua origem veio da mistura entre música, dança e uma levíssima pitada de tempero feminino. O que caracteriza o Vaudeville era a condição de homens, mulheres e até crianças poderem assistir o espetáculo sem problemas com a moral vigente. Alegre e inocente, o “Show de Variedades” dirigiu-se a um público que queria rir. Dificilmente os números ultrapassavam 10 minutos ou eram ligados a algum tema-chave. O marco inicial pertenceu a Tony Pastor que em 1881 montou um trabalho em 8 atos de comédia, música, dança e acrobacia.
Para muitos, o Vaudeville foi o início de carreira, funcionando como estopim para o surgimento de artistas individuais, contudo o racismo comia solto. Havia a ala de artistas brancos e a de negros. Este último existiu numa dimensão fantástica. Pouco antes da Primeira Grande Guerra, Sherman Duddiey, um comediante negro, fez contato com donos de teatros, criado uma associação denominada T.O.B.A. (Theater owner’s Booking Association), com a finalidade de organizar apresentações, principalmente no sul e sudeste do país. Por volta de 1920, o circuito T.O.B.A. abrangia mais de 300 teatros enquanto que o Vaudeville branco caia no esquecimento.
Desse circuito saiu gente muito boa como: Eddie Cantor e George Jessel, primeiros dançarinos profissionais, Pat Rooney, divulgador de 2 dos passos mais famosos do sapateado, o incrível King Rastus Brown, mestre de “Buck Dancing” que consiste no estilo de sapateado marcado pelo som de jazz e tantos outros. É importante ressaltar que o sapateado nasceu junto com o jazz-dance, porém, nessa época ambos alcançaram um nível elevadíssimo de qualidade, cada um na sua especialidade.
Apesar do Vaudeville ter feito sucesso até 1932, sua melhor fase aconteceu entre 1900 e 1920.
Desde a virada do século, outras expressões começaram a ameaçar o Show de Variedades. Além do mais, faltava a magia feminina que foi se concretizar somente com os “Teatros de Revistas” onde belas garotas exibiam suas formas, envolvidades em muito luxo e brilho. Em enormes filas, as mulheres dançavam tão igualzinho que até a altura que as pernas subiam era a mesma. Florenz Ziegfeld foi um dos maiores empresários a produzir esse tipo de espetáculo.
À princípio, os novos entretenimentos não se prendiam a nenhum tema especial, mas a partir de 1903, esse panorama mudou. George M. Cohan entrou em cena com as “Comédias Musicais”, unindo música e dança a um enredo geralmente baseado na vida do norte americano, o que provocou um forte sentimento nacionalista.
Em 1927 foi rodado o primeiro filme sonoro, estrelado por Al Jolson: “The Jazz Singer”. Nesse momento, Hollywood estava se tornando o máximo em combinar som e imagem, levando o sapateado ao conhecimento mundial através de estrelas como Bill Bojangles, Fred Astaire, Ginger Rogers, Eleonor Powel, Na Miller, Donald O’Connor e daí vai.
Bill, popularmente conhecido como o “Rei dos Sapateadores Negros”, começou sua vida de artista lá atrás, junto dos menestréis, mas só aos cinqüentas anos entrou para o cinema, contracenando com a pequena Shirley Temple. Gentil e paternal, essa figura chegou bem alto, desenvolvendo um sapateado tão bonito e espontâneo que acabou por torná-lo o primeiro superstar negro a fazer o sucesso nos palcos da Broadway, além de ter influenciado demais outros sapateadores como Frederick Austerlitz, mais conhecido como Fred Astaire que, aos 6 anos já traçava seu caminho no Vaudeville com Adele, sua irmã.

Em 1930, aos trinta anos de idade, Astaire deixava os teatros da Broadway para contracenar com Joan Crowford em Hollywood. Ainda no mesmo ano, participou do 1º filme com aquela que se tornaria sua parceira ideal: Ginger Rogers. Juntos trouxeram às telas uma dança elegante e fluida, influenciada pelo balé, dança de salão e um sapateado muito refinado.
Depois de Astaire, o sapateador mais conhecido do cinema é Gene Kelly que também começou no Vaudeville com mais quatro irmãos, porém foi o que voou mais alto. Em 1942 fazia sua primeira aparição nas telas em “For me and my Girl” com Judy Garland e logo foi considerado um grande inovador, não só como dançarino, ator e diretor, mas também como colaborador na criação de técnicas de filmagem, chegando mesmo a dançar dentro de desenhos animados.
Dentre os inúmeros musicais feitos nessa época, “Singing in the Rain”, talvez seja o longa metragem que melhor ilustre a era dos “Musicais” pois provavelmente o mundo todo já deve tê-lo visto.
A dança, assim como o sapateado alcançou uma sofisticação estonteante em Hollywood, enquanto que na Broadway o tap já estava perdendo a sua força. Outros criadores surgiram, com novas linguagens. Entre eles estão Agnes de Milles, Bob Fosse, Balanchine, Jerome Robbins… que continuaram a fazer musicais mas com outros instrumentos: balé e jazz.
Ainda nos anos dourados de Hollywood, surgiu um sapateador que demonstrou a versatilidade do sapateado musical, adaptando-o às músicas clássicas, chamado Paul Draper. Em resposta aos seus esforços o compositor Gould escreveu a primeira composição em concerto usando o tap dancing como se fosse um instrumento musical.
Draper e Gould trouxeram ao sapateado uma nova atmosfera, contudo, nos anos 50 deixava de ser tão importante em seu próprio território.
Na década de 70, o tap tomou um novo impulso, passando a ser ensinado em vários países, logicamente o Brasil estava nessa, onde o principal incentivo esteve nas mãos dos velhos musicais hollywoodianos e também das novas produções como “Isto é Hollywood” que marcou o sapateado para sempre como entretenimento popular americano.

A Broadway e Hollywood!




O cinema sonoro nasceu em 1927 e chegou ás telas através de filme “The Jazz Singer”, estrelado por Al Jolson. A partir de então, filme e dadnça começam uma gloriosa parceria que sem limites, traz uma era de ouro para Hollywood.
No inicio da década de 30 imagem e música dava origem a produções cada vez mais extravagantes. O cinema oferecia às platéias uma viagem muito além dos limites dos palcos daBroadway. A febre do sapateado nos teatros de NY contagia Hollywood e esta dança torna-se a menina dos olhos dos produtores e diretores. Novos talentos surgiam e aqueles que não se adaptavam iam, aos poucos, perdendo o seu campo de trabalho.
O primeiro filme com coreografias de sapateado foi “The Hollywood Revue of 1929” e teve como dançarina a atriz Joan Crawford. Ela apareceu de novo em “Dancing Lady” contracenando com Fred Astaire.
Desde então, o sapateado nas telas tornou-se a trajetória de astros em filmes inesquecíveis. Fred Astarire, Gene KellyBill Robinson, George Murphy, Dan Dailey, Donal O’Connor, The Nicholas Brothers, Ruby Leeler, Eleanor Powell, Ann Miller, Shirley Temple, Vera-Ellen e GInger Rogers são os mais populares, famosos e brilhantes sapateadores da história do cinema.
Além do sapateado as platéias queriam algo novo e javia realmente uma necessidade real de mudança. Em 1936, estréia “On Your Toes”, com coreografia de George Balanchine. Junto vieram outros espetáculos que confirmaram definitivamente o espaço do balé na Broadway. Com o sucesso de “Oklahoma!” (1943), seguido de “Blommer Girl” (1944), “Carousel” (1945) e “Brigadoon” (1947), o sapateado foi perdendo espaço nos palcos.
Na década de 40, enquanto o sapateado perde na Broadway o seu espaço para o balé, atinge o seu auge no cinema, só perdendo força em meados dos anos 50.
A partir de 1950, um novo estilo de dança ganha os palcos da Broadway: o jazz! Em 1954 o musical “Pajama Game”, coreografado por Bob Fosse, fez grande sucesso. Muitos outros aconteceram e em 1957 “West Side Story”, uma versão moderna de Romeu e Julieta, música, coreografia e direção afinavam-se de forma perfeita. Crítica e público aplaudiram de pé o retrato da vida da juventude americana dos anos 50. “West Side Story” marcou e influenciou definitivamente a história do show-business americano.
Nos anos 50 Hollywood foi aos poucos perdendo sua força como fonte de entreterimento. De custo baixo e uso doméstico, a TV passou a desenvolver um importante papel na diversão familiar. Então, os produtores perceberam que teriam que ir mais longe para cativar as platéias novamente. A partir daí o clássico e o jazz invadem as telas, dando novo colorido aos musicais. No início da década de 50, foram realizadas produções que marcaram a história do cinema norte-americano. “An American in Paris” (1951), a primeira tentativa real de se utilizar de forma grandiosa variações de balé como parte integrante da narrativa, ao lado de números de sapateado. O resultado foi fascinante!
Singin’in the Rain” (1952), os produtores apostam e investem em um filme onde o sapateado é a grande estrela. Conseguiu reunir um elenco fantástico, músicas belíssimas e coreografias geniais. Podemos destacar outros importantes musicais realizados nesta década: “Kiss Me Kate” (1953), “Seven Brides for Seven Brothers” e “Brigadoon” (1954), “Oklahoma!” e “It’s Always Fair Weather” (1955), “Invitation to the Dance” (1956), “Funny Face”, “Silk Stockings” e “lês Girls” (1957), “Gigi” (1958), “Say One For Me” e “progy and Bess” (1959), “Can Can” (1960) e “West Side Story” (1961).
Neste período, o sapateado vivia o auge do seu declínio em Hollywood e, na Broadway, era visto de uma forma nostálgica e já não era tão importante. Anos mais tarde, uma antiga dançarina, Letícia Jay, começa um intenso trabalho de divulgação do sapateado. Em 1969, ela estabelece uma série de sessões abertas de sapateado, com improvisos e desafios, bem ao gosto dos antigos hoofers. Esta troca de experiências provocou uma fantástica viagem aos diversos estilos do sapateado. As sessões de “Tap Happening” despertaram tanto interesse que detonou a volta do sapateado aos palcos da Broadway. E, 1971 com c reestréia de “No, No Nanette” , com Ruby Keeler, aos 62 anos, realiza uma temporada de meses com casa lotada e reafirma a volta do sapateado à Broadway.
De lá pra cá, com credibilidade e respeito, o sapateado começa a ser exigido com item obrigatório no repertório de qualquer dançarino profissional, retomando o seu alto posto nas academias de dança. Na Broadway, números de sapateado foram incluídos em algumas importantes produções musicais, como “A Chorus Line”, de 1976.
E, 1974, realizando um tributo em comemoração ao seu cinqüentenário, a MGM lança “that’s Entertainment”, tendo como seqüência “That’s Entertainment, Part Two”, dois anos depois. O sapateado retorna ao cinema através de trechos de filmes, onde, antes, havia vivido sua glória. Anos mais tarde, estréia “that’s Dancing”, um filme na mesma linha de That’s Entertainment”, porém dedicado especificamente à dança. Na década de 80 destacamos dois filmes onde o sapateado faz aprte como elemento cênica participante da vida das pessoas. “Cotton Club”, de 1984, o sapateado aparece pontuando o retrato da época a que o filme se refere (1929-1931). Já em 1989, o filme “Tap” mostra não só a nostagia do sapateado com a participação dos antigos hoofers, como também o resgata para a nossa época através de coreografias com formas atuais.
Em “Stepping Out” de 1991, Liza Minelli interpreta uma professora de sapateado, onde o sapateado retrata uma paixão transformadora na vida de todos os personagens, dentro e fora da sala de aula.
Durante as décadas de 80 e 90, a Broadway continuou a exibir grandes musicais de sapateado, dos quais podemos destacar: “Sugar Babies” (1980), “42nd Street” (1981), “Sophisticated Ladies” (1981), “The Tap Dance Kid” e “My Onde and Only” (1983), “Anything Góes” (1987), “Black & Blue” (1989), “Crazy for You” e “Jelly’s Last Jam” (1992), “Bring in ‘da Noise Bring in ‘da Funk” (1992), “Tap Dogs” (1997) e “Riverdance” (2000).
Atualmente, apesar de o sapateado estar se expandindo cada vez mais por todo o mundo, é nos Estados Unidos onde residem e trabalham grandes nomes e brilhantes veteranos, tais como: Savion Glover, Gregory Hines, Tommy Tune, Brenda Bufalino, Germaine Ingram, Dianne Walker, Barba Duff, Heather Cornell, Tony Waag, Margareth Morrison, Baakari Wilder, Gene Medler, Sam Weber, Michelle Dorrance, as companhias American Tap Dance Orchestra e North Carolina Youth Tap Ensemble, Bunny Briggs, Jimmy Slyde, Lavaughn Robinson, entre outros

Quem inventou o Shim Sham Shimmy?




Em 1920, Leonard Reed e Willie Bryante, fizeram uma turnê pela América do Sul com a Companhia “Whintman Sisters”.
Eles fizeram uma coreografia chamada “GROOFUS” onde intencionalmente a fizeram com passos fáceis e charmosos, passos básicos do sapateado em que a platéia ao assistir a dança poderia juntar-se com os dançarinos ao palco para dançarem todos.
Um garoto no show chamado Billy, mudou-se para Nova York e formou um trio chamado “Three Little Words” e começaram a dançar o “Groofus” no Shim Sham Club (uma casa noturna de Nova York). Eles, então, adicionaram à coreografia um característico movimento de ambos e trocou o nome para Shim Sham Shimmy. E pegou!
Até hoje todos os sapateadores dançam essa coreografia no dia do sapateado em comemoração a data.

O Tap Dance a partir dos anos 30


Através dos anos 30 e 40, casas noturnas foram a casa do tap dance. Embora muitos bailarinos negros americanos foram os pioneiros do sapateado no mundo, eles foram vistos no palco e mas muito pouco nas telas do cinema.
Embora “Bojangles” teve uma longa carreira na Broadway, muitos outros negros nunca receberam o reconhecimento que merecia.
A cor era um problema para os dançarinos negros, até os anos 60 e 70.
Tap Dance permaneceu importante através das Big Bands Jazz e os bailarinos juntamente com os músicos faziam o show.
Na década de 1970, cias de sapateado (na sua maioria formada por mulheres) surgiram para realizar novos trabalhos e trazer novo público para as platéias.
O sapateado o personagem principal em alguns musicais como ’42nd Street ‘  sucesso na Broadway na década de 1980.
Finalmente, no cinema o surgimento do ator e dançarino Gregory Hines coloca o sapateado num ponto alto no cinema.
Seu estilo fascinou as audiências e o público se animou com o sapateado e suas possibilidades.
Combinado com o aparecimento de Hines foi a descoberta de Savion Glover, que assumiu a parte de “A Tap Dance Kid” na Broadway, em 1984, com 10 anos de idade.
Savion foi além do talento impressionante e com seus vinte anos, tinha formado um novo estilo de sapatear. O estilo de Savion tem influenciado outros jovens e sua ênfase sobre a improvisação inspirou o ressurgimento do tap dance desafio, feito por jovens que se juntam e trocam ritmos e informações de sapateado.
E hoje, a América continua a ser o terreno fértil para a inovação do sapateado.